Realizada nesta quinta-feira, 2, nas cidades de São Luís, Timon, Caxias e Teresina (PI), a Operação Barão Vermelho resultou em uma prisão preventiva, uma prisão em flagrante, além da apreensão de veículos, equipamentos e cheques que somam R$ 2,91 milhões. Afonso da Silva Brito foi alvo do mandado de prisão preventiva cumprido. Também foi preso em flagrante, por posse ilegal de armas de fogo, Felipe Nascimento dos Santos.
A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, por meio dos núcleos de São Luís, Timon e Imperatriz, com a participação de promotores de justiça de Timon e de Caxias, assim como da Polícia Civil do Maranhão (1º DECCOR de Timon e 1º DECCOR de São Luís) e Instituto de Criminalística de Timon.
A operação também contou com o apoio dos promotores de justiça do Gaeco-PI e de outras forças de segurança como o Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Maranhão e do Piauí, Tropa de Choque e Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) do Maranhão.
Durante a Operação, foram apreendidos um caminhão, uma motocicleta e oito veículos, sendo vários deles de luxo. Além disso, foram apreendidos 22 telefones celulares, joias e diversos equipamentos eletrônicos como computadores, tablets e equipamentos de segurança eletrônica. Foram recolhidas, ainda, cinco armas, incluindo uma submetralhadora de fabricação artesanal. Também foi interditada uma loja de veículos em Teresina (PI).
Nessa fase a Operação atingiu pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, estão envolvidas em práticas criminosas como a lavagem de capitais, narcotráfico, aquisição irregular de armas de fogo, falsidade ideológica, dentre outros delitos. Todos os mandados cumpridos, tanto de prisão quanto de busca e apreensão, foram expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados do Termo Judiciário da Comarca da Ilha de São Luís.
Em uma primeira fase das investigações, que resultou na Operação Mormaço, realizada em junho de 2021, já havia ocorrido a prisão de Waldistom dos Santos Oliveira, líder da organização criminosa.
O nome faz alusão ao personagem Barão Vermelho do desenho animado “Corrida Maluca”, clássico da década de 60.
Na “Corrida Maluca”, dez pilotos disputavam corridas em seus carros peculiares para ganhar o título do “piloto mais louco do mundo”. Em alegoria à operação deflagrada pelo Ministério Público, a corrida maluca seria a lavagem de dinheiro feita por meio da revenda de carros nacionais e importados, utilizando as concessionárias investigadas Marvin Premium e Barão Veículos. O Barão Vermelho do desenho remete à empresa investigada, Barão Veículos.