O presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Marcos Aurélio Alves Freitas, em entrevista ao programa Ponto Continuando, da 92.3 FM, nesta noite, explicou a operação, deflagrada nesta quarta-feira, e que resultou no corte do abastecimento de água de pelo menos três órgãos da gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) – Secretarias Municipais da Fazenda e Saúde, além da Procuradoria do Município.
Freitas explicou que há mais de dez meses Governo e Prefeitura vinham negociando um acordo judicial que possibilitasse que a administração municipal efetuasse o pagamento de uma dívida de mais de R$ 170 milhões.
Disse que a Companhia ofereceu ótimas condições de pagamento – desconto, retirada de multas e parcelamento – o que fez com que o débito caísse para R$ 36 milhões.
No entanto, apesar do diálogo que se arrastada desde o ano passado, a Prefeitura não aderiu ao acordo proposto.
“O Estado apresentou proposta, que não foi atendida. Após a longa negociação, inclusive, o Conselho de Administração da Companhia nos cobrou uma postura mais rigorosa. Durante o diálogo, representantes da Prefeitura apontaram que haviam cobranças indevidas e prontamente nos colocamos à disposição para resolver. Mesmo assim não avançamos. A Caema precisa arrecadar para poder investir mais e, desta forma, prestar um serviço de melhor qualidade. Estamos fazendo isso, vale destacar, com outros municípios. Não é uma situação isolada”, disse.
“A medida atingiu apenas prédios administrativos. Não mechemos em escolas e unidades de saúde, por exemplo. Conversei com o Emílio Murad [secretário municipal de Governo e respondendo pela Comunicação] e nos colocamos abertos ao diálogo. A Prefeitura precisa nos ajudar a ajudar a própria Prefeitura. Se me telefonarem amanhã para entrarmos em um acordo, automaticamente o abastecimento será restabelecido”, completou.
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