O juiz federal Luiz Régis Bomfim Filho negou, nesta quinta-feira (21), pedido dos advogados do empresário Eduardo José Barros Costa, mais conhecido como Eduardo DP, solicitando a soltura do mesmo.
Dono da empresa Construservice Empreendimentos e Construções Ltda, que já recebeu do Governo do Maranhão mais de R$ 575 milhões, através das Secretarias de Estado da Infraestrutura e das Cidades, Eduardo foi preso ontem, após deflagração de uma operação da Polícia Federal que investiga sua participação em um esquema de desvio de recursos públicos junto à Prefeitura maranhenses.
O empresário permanece preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na zona rural de São Luís.
Os advogados de DP alegaram no pedido que sua prisão foi ilegal e desnecessária.
Na casa do empresário, na capital, policiais apreenderam R$ 1,3 milhão em espécie, além de vários artefatos de luxo.
“Há plausível preocupação diante da informação policial apontando para apreensão de dinheiro em espécie e demais ativos destacados pelos relatórios de diligências. Destaca-se que o contexto dito delitivo em investigação aponta o suposto desvio e ocultação de verba federal. Desta feita, apesar da aparente identificação civil do custodiado, persiste legítimo interesse investigativo em sua supressão cautelar temporária de liberdade pelo prazo remanescente. Pelo exposto, indefiro o pleito defensivo mantendo, por conseguinte, a prisão temporária em desfavor de Eduardo José Barros Costa”, sentenciou o magistrado.
Eduardo DP, em 2015 e 2016, foi apontado por uma força tarefa da Polícia Civil e Ministério Público do Maranhão como integrante da organização criminosa (Orcrim) que tomou de assalto os cofres públicos do Estado através da Máfia da Agiotagem.
Chegou a ser preso cinco vezes durante operações promovidas pela PC e MP.
No entanto, a partir de 2018, deixou de ser inimigo do Estado e passou a lhe prestar serviço, por meio dos vultuosos contratos ganhos via Construservice.