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Camarão volta a negar rompimento do grupo governista

O vice-governador Felipe Camarão (PT), em entrevista ao Jornal Pequeno, divulgada neste último domingo, voltou a afirmar que não há rompimento do seu grupo político, liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Primeiro colocado na linha sucessória do socialista, em 2026, o petista disse que, apesar de haver divergências internas, o que, para ele, é normal dentro de um campo político/partidário amplo, nunca foram feitas declarações indicando para a dissolução.

“Não há rompimento. Nunca houve nenhuma declaração minha ou do governador Brandão nessa direção. Devemos ter em mente que a população elegeu e reelegeu o ex-governador Flávio Dino sempre no primeiro turno. Depois, a população reelegeu o governador Brandão também no primeiro turno. Isso demonstra que a população aprovou as políticas públicas implementadas desde 2015, como escolas dignas, hospitais regionais e restaurantes populares. Relembro isso para reafirmar que eu trabalho sempre pela união deste grupo político. Desta forma, tenho conversado com os ministros do presidente Lula, a presidente do PT, do meu partido, que é a deputada federal Gleisi; os secretários do governador Brandão e com o próprio governador. E todos nós estamos empenhados nessa unidade porque ainda há muito o que fazer pelo Maranhão, e só iremos conseguir progredir com união e trabalho. Com essa visão e sob a liderança do presidente Lula, esse grupo continuará a promover as mudanças que o Maranhão precisa”, disse.

Camarão tratou, ainda, de temas considerados mais espinhosos, como a judicialização da eleição interna da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, biênio 2025/26; e uma ação impetrada recentemente na Justiça, pelos deputados federais Márcio Jery (PC do B) e Othelino Neto (SDD), pedindo a cassação do mandato do prefeito eleito de Colinas, Renato Santos (MDB), aliado do governador.

“Houve de fato uma disputa muita acirrada pela presidência da Assembleia que terminou em 21 a 21, surpreendendo todo o meio político. A deputada Iracema foi reconduzida ao cargo pelo critério da idade e o partido Solidariedade acionou o STF questionando esse critério. Agora cabe à ministra Carmem Lúcia julgar o mérito da questão. Todos os políticos trabalham para fortalecer os seus partidos políticos e eleger os candidatos que são aliados. Isso é uma tradição na política, praticamente um dogma. Durante o governo Flávio Dino, aliados do ex-governador disputaram as eleições municipais, mas depois todos se reagruparam para ajudar o governo. A disputa política deve ficar para o tempo das eleições. Agora é hora de levarmos investimentos para mudar a vida das pessoas nos municípios. Quando não há consenso na política é normal alguma parte buscar o Poder Judiciário para estabelecer alguns parâmetros. Mas eu acredito que vamos encontrar o caminho pela política e com base no diálogo”.

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