O vice-governador Felipe Camarão (PT) elevou o tom crítico em relação ao governador Carlos Brandão (PSB) no que se refere à sucessão do próprio socialista em 2026.
Em entrevista à Folha de São Paulo, divulgada neste domingo, 13, o petista afirmou que o chefe do Palácio dos Leões rachou politicamente o grupo majoritário que ele comanda.
“Sabe quem é o maior prejudicado com isso? É o Lula. Porque se o nosso time se divide aqui, como o Brandão está rachando o nosso time aqui, o maior prejudicado vai ser o Lula, porque a tendência é a votação dele cair aqui no Maranhão se a gente sair separado”, disse referindo-se ao projeto de renovação do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O campo governista, de fato, rachou, desmembrando-se entre dinistas – uma referência ao ex-governador Flávio Dino, que indicou Camarão para ser companheiro de chapa de Brandão em 2022 – e brandonistas.
E o racha se deu em meio a acusações mútuas das partes envolvidas.
Pré-candidato ao Governo, como ele permanece atestando, Camarão “tentou reforçar a união em torno do seu nome, aproximando-se do novo presidente do PT, Edinho Silva.
“É óbvio que a gente tinha esse acordo firmado e confirmado com o presidente Lula como avalista, a Gleisi [Hoffmann] como avalista, e aí entra o Edinho agora. Eu fiz parte da chapa como delegado nacional, fui eleito com o Edinho, e o Edinho já me reafirmou várias vezes, como a Gleisi, como o Ceciliano, o Wellington Dias, que a prioridade é nossa de ser a candidatura do Lula aqui no Maranhão no ano que vem”, finalizou.