O ex-governador José Reinaldo Tavares, atual secretário estadual de Projetos Especiais, classificou como sem retorno a relação política entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o ex-governador Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tavares, em entrevista recente concedida ao O Imparcial, ao ser questionado sobre os cenários que se desenham para 2026, cravou:
“O Brandão nunca me chamou para discutir política. Eu não sei o que ele está querendo. Eu não estou entendendo. O problema com o Flávio é sem retorno. Não tem jeito de conciliar. O governador Brandão não conversa sobre política com ninguém. Existe ali uma conversa familiar, mas fora da família ninguém conversa sobre sucessão com ele”, disse.
“Ele numa reunião conosco disse: olha, eu não vou falar de política agora. Vou deixar para 2026. Mais ele está falando direto. E eu não consigo entender bem o que ele quer”, completou.
O ex-governador defendeu a tese de que Brandão deveria renunciar ao cargo, no início de abril, para candidatar-se ao Senado.
Na sua avaliação, ele teria o apoio do presidente Lula, que necessitaria de quantidade considerável de parlamentares na Câmara Alta em um possível segundo mandato.
Zé Reinaldo afirmou, ainda, que o caso do atual titular do Palácio dos Leões não tem similaridade com o seu.
Em 2006, o então governador preferiu ficar na cadeira e apoiar a candidatura do pedetista Jackson Lago, que venceu Roseana Sarney, do MDB, no segundo turno.
Na última sexta-feira, durante palestra em uma faculdade de São Luís, Flávio Dino atestou a pré-candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT) e ainda sugeriu um nome para uma futura chapa do petista.
Brandão rebateu a fala do ex-aliado afirmando que este não é o momento para se tratar de sucessão.










