A proximidade da aposentadoria compulsória da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez com que uma enxurrada de matérias e análises se disseminasse em diversos veículos de comunicação.
E a maioria delas, de forma proposital ou não, apontam como favorito para integrar a mais alta Corte de Justiça do Brasil o ex-governador, senador licenciado e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, do PSB.
O maranhense, quando se pronuncia sobre o assunto, mantém o discurso de que não tem interesse no cargo e que nunca tratou do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cabe ao petista indicar o substituto de Weber.
Com uma superexposição na mídia, Flávio Dino é apontado como postulante na disputa presidencial, em 2030, após um eventual segundo mandato de Lula, caso este dispute a reeleição em 2026 e consiga vitória nas urnas.
Para alguns analistas, Dino no STF deixaria caminho livre para que outros políticos, em especial do PT, consigam herdar o espólio político do atual presidente.
Ocorre que estar no Supremo não significa empecilho para o ex-governador no que se refere ao pleito de 30.
Dino deixou a magistratura federal em 2005 para ingressar na política.
Elegeu-se deputado federal, no ano seguinte, e governou o Maranhão por dois mandatos.
Indicação para o STF não se recusa, avaliam alguns.
Partindo desta premissa, Flávio Dino pode, de fato, ir para o Supremo – onde, com toda certeza, continuará tendo holofotes – o que não o impede de, lá na frente, abdicar do cargo para retornar novamente à disputa por votos.
Empecilho mesmo para o maranhense será a vontade soberana do eleitor.
Caso não tenha a mínima chance em uma eleição presidencial, o que será aferido por pesquisas, Dino não deixaria o posto de ministro.
O cenário é claro e simples.
Quem o complica o faz de propósito ou porque não consegue fazer leitura política.