O site do jornal O Globo noticiou informação que, nos bastidores da política maranhense, já é dada como certa já faz algum tempo:
De que o governador Carlos Brandão (PSB) abdicará de concorrer ao cargo de senador, ano que vem, permanecendo na cadeira principal do Palácio dos Leões para conduzir a sua própria sucessão.
“Eleito em 2022 para o governo do Maranhão após ser vice de Flávio Dino por quase oito anos, Carlos Brandão desistiu de disputar uma vaga ao Senado em 2026. O governador, do PSB, está decidido a cumprir o mandato até o último dia para evitar que seu vice, o petista Felipe Camarão, assuma o Palácio dos Leões em abril do ano que vem, quando ele teria que deixar o posto para poder ser candidato em outubro. O PT lançou Camarão à sucessão de Brandão no mês passado alegando ser uma “questão de justiça”, em razão da campanha anterior. Com o afastamento entre Brandão e o grupo político de Dino — que recentemente sugeriu uma vice para a chapa do petista — o governador deverá definir quem vai apoiar para a sua sucessão apenas em 2026”, diz a publicação.
Algumas ponderações sobre o que foi dito, no entanto, precisam ser feitas.
O vice-governador Felipe Camarão, de fato, já lançou sua pré-candidatura ao Governo e movimenta-se junto a setores do PT e segmentos da sociedade objetivando fazer com que este projeto se concretize.
O petismo, porém, ainda não decidiu oficialmente sua posição acerca do assunto e só irá fazê-lo após o PED (Processo de Eleição Direta), que definirá o comando do diretório estadual e dos diretórios municipais, cuja eleição será realizada no domingo, 06.
Brandão, apesar de não ter tratado publicamente do assunto, já deixou clara a sua preferência pela pré-candidatura do secretário de Estado de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), que também vem movimentando-se muito bem junto a classe política e setores da sociedade, já liderando as intenções de voto em vários municípios, dentre eles colégios eleitorais importantes, de acordo com números de pesquisas divulgados recentemente.
Prefeitos e deputados aliados dos Leões, inclusive, já fizeram questão de declarar apoio ao projeto “Orleans governador”.
Em entrevista concedida ao Sistema Difusora de Comunicação, na semana passada, o secretário de Estado de Articulação Política, Rubens Pereira, afirmou que o motivo do rompimento entre dinistas e brandonistas foi o fato dos interlocutores ligados ao primeiro campo não terem aceitado que Brandão indicasse um nome para compor como vice uma chapa que poderia ser encabeçada por um representante do segundo campo.
A informação foi negada por Camarão e pelo deputado federal Márcio Jerry, presidente do PC do B no Estado e principal porta-voz do dinismo.
