O Maranhão alcançou, em 2025, o maior volume de transplantes de sua história. Entre janeiro e novembro, foram realizados 115 transplantes de órgãos sólidos: 85 de rim, 30 de fígado, um cardíaco e três de medula óssea autóloga, além de 429 transplantes de córneas, resultado direto do aumento no número de doadores e da expansão da Central Estadual de Transplantes (CET-MA), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O estado também atingiu 442 córneas captadas ao longo do ano, o maior registro desde a criação da central.
A marca reforça um avanço que pode ser visto na comparação com 2022. Naquele ano, apenas 12 doadores efetivos de múltiplos órgãos foram notificados e 27 transplantes de órgãos sólidos foram realizados. Em 2025, o salto é expressivo: 90 positivas familiares para doação de múltiplos órgãos e 115 transplantes, o que coloca o Maranhão no grupo restrito de estados brasileiros capazes de superar a barreira de 100 procedimentos anuais.
O Hospital Carlos Macieira, novo centro estadual de transplantes, contribuiu para o resultado. Em menos de um ano de funcionamento, realizou 13 transplantes de órgãos sólidos e se firmou como uma das referências da rede.
O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, afirma que o avanço é resultado direto de decisão política, planejamento e investimento constante.
Por trás dos números, está o impacto humano de cada autorização concedida. Famílias que, mesmo atravessando o luto, permitiram que outras vidas fossem salvas. Pessoas que renasceram depois de anos de espera. E equipes que sustentam, dia após dia, o funcionamento de uma rede que depende de precisão técnica, agilidade e sensibilidade.
O avanço de 2025 consolida a última fase do Plano de Aceleração dos Transplantes, criado em agosto de 2023, que reorganizou a rede, regionalizou ações e qualificou processos. Esse movimento prepara a transição para o novo Plano Estadual de Doação e Transplantes, aprovado em julho de 2025.
Entre 2023 e 2025, a rede recebeu 24 novas comissões hospitalares, nove delas no interior, em cidades como Caxias, Pinheiro, Presidente Dutra, Imperatriz e Santa Inês.
O estado também ampliou de um para cinco os centros de captação de córneas, acelerando as notificações e descentralizando o processo.
A inauguração da OPO de Imperatriz em 2025 marcou um ponto decisivo. O plano contou ainda com o apoio do Banco de Olhos do HUUFMA, da OPO do Hospital Dr. Carlos Macieira e das comissões hospitalares de unidades estratégicas, como o Hospital Djalma Marques, que integram a rede de captação e notificação.










