Representantes dos governos Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas no último dia 30, e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito para governar o país pela terceira vez, iniciam nesta quinta-feira o processo de transição.
Designado pelo capitão reformado do Exército para coordenar o grupo do atual governo, o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), reúne-se nesta tarde, em Brasília, com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), indicado pelo petista para representar a gestão eleita.
Também deverão participar do encontro a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann; e o ex-ministro Aloizio Mercadante, que deverá assumir uma pasta no próximo governo.
Lula deve desembarcar na capital federal na segunda-feira (7/11), quando retomará as articulações do processo de transição.
O petista passa alguns dias de descanso na Bahia com a esposa, Rosângela Silva, a Janja.
Em Brasília, o próximo chefe do Planalto pretende se reunir na terça-feira (8/11) com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
A equipe de transição do petista também tem um encontro marcado nesta quinta com o Tribunal de Contas da União (TCU) e com o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI).
A prioridade inicial do grupo será analisar a situação fiscal do país, para tentar realizar ajustes que permitam manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e aumentar o salário mínimo no primeiro ano de mandato, compromissos feitos durante a campanha.
Em entrevista ao Metrópoles, Castro adiantou que a equipe de transição terá um desafio pela frente: “No Orçamento, não tem espaço para nada”. Segundo o emedebista, faltam soluções e sobram problemas.
A transição de governo é prevista em lei e em decreto. Cabe à Casa Civil coordenar a entrega de documentos à equipe do presidente eleito. Os nomes de até 50 dirigentes, em diversos setores, devem ser publicados no Diário Oficial da União. Todos os nomeados trabalham até a posse, em 1º de janeiro de 2023, em preparação do novo mandato.