O vice-governador Felipe Camarão (PT) confirmou que tratou com o presidente Lula, durante agenda no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta última quinta-feira (01), sobre a união e pacificação do seu grupo político, liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB).
“Vim para paz. Missão de paz. Todos unidos. Agora e em 26. Dino, Brandão, Lula e Camarão. Repito: missão de paz! O que quero é unidade do time. Pedi isso pessoalmente para o presidente Lula para nos unificar a todos”, disse em mensagem encaminhada ao editor do Blog.
A ida de Camarão à capital federal para tratar sobre política diretamente com o expoente maior do petismo no Brasil acontece em um momento no qual há certo estremecimento dentro do campo governista.
Políticos ligados ao que se chama de “dinismo”, uma referência ao ex-governador Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mostram-se insatisfeitos e reclamam, de forma reservada, do tratamento dispensado a eles pelo Palácio dos Leões.
Além disso, existem outros pontos de divergência, como é o caso da cidade de Colinas, onde a família do governador apoia a candidatura do vereador e presidente da Câmara, Renato Santos (MDB), em detrimento do projeto da família Barroso, do deputado federal Márcio Jerry (PC do B), cujo irmão, João Haroldo (PT), atual vice-prefeito, concorrerá no pleito.
Há, ainda, o caso Secretaria de Estado da Educação. Ainda não se pode cravar se Camarão, representando o PT, permanecerá, ou não, à frente do comando do órgão.
Brandão e o seu núcleo político mais próximo permanecem em silêncio.
O governador, como é de conhecimento público, é um homem de diálogo e que sempre prefere encontrar uma solução conciliatória.
O certo é que, neste momento, na avaliação do editor do Blog, um rompimento definitivo não seria bom para nenhum dos lados – “dinistas” e “brandonistas”.
