O antigo prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, declarou em audiência no Supremo Tribunal Federal que foi abordado por um agiota sobre pagamentos em troca da liberação de verbas federais para a saúde do município.
Essa suposta solicitação é a base da acusação penal contra os deputados do Partido Liberal, Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa.
A acusação, apresentada por Eudes em 2020, levou a um inquérito pela Polícia Federal, que determinou a existência de um esquema de pagamento de propinas para liberar emendas parlamentares.
O depoimento de Eudes, realizado nesta quarta-feira, foi o primeiro no processo e reiterou sua história sobre um encontro com Josival Cavalcanti, conhecido como Pacovan, identificado pela Procuradoria-Geral da República como o operador do esquema.
Pacovan, que foi assassinado em 2024, teria feito a mediação da cobrança. De acordo com o ex-prefeito, em 2019, a cidade pediu ao Ministério da Saúde por recursos adicionais para essa área, mas segundo ele, não houve nenhuma comunicação anterior com os parlamentares para facilitar a liberação, ressaltando que dependeram apenas da “sorte”.