O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do Estado do Maranhão (Sinproesemma) promoveu, na noite de ontem, em São Luís, assembleia geral na qual a categoria dos professores estaduais decidiu deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 27 deste mês.
O movimento atingirá outras regionais coordenadas pelo Sindicato.
Os docentes lutam contra o que eles classificam de arrocho salarial, defasagem na tabela de vencimento e o cumprimento do reajuste salarial de 14,95% estabelecido pelo Ministério da Educação
“Finalizamos a consulta à nossa categoria que deliberou pela greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 27 de fevereiro. A categoria decidiu e vamos em busca do que é nosso, da nossa valorização. Agora vamos encaminhar o resultado das nossas assembleias para o Governo do Estado e dar seguimento aos trâmites dos prazos legais. Vamos continuar mobilizados, a nossa categoria entendeu o momento de ataques aos nossos direitos e da necessidade da unidade de todos. Vamos lutar para vencer essa batalha contra aqueles que retiram o que é nosso por direito”, ressaltou Raimundo Oliveira, presidente do Sinproesemma.
O curioso é que, no governo Flávio Dino (PSB), o mesmo Sindicato não agiu de forma tão veemente no que diz respeito a cobrar os direitos dos trabalhadores.
Decidiu adotar postura mais combativa justamente no novo governo de Carlos Brandão (PSB), que foi vice de Dino neste período.
Vale destacar que o vice-governador Felipe Camarão, do PT, mesmo partido de Raimundo Oliveira, que foi filiado ao PC do B por 16 anos, deverá ser anunciado, no começo de março, como novo secretário de Estado da Educação.