A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ex-relatora da CPI dos atos de 8 de janeiro, iniciou uma campanha para ser a próxima presidente do Senado, no lugar de Rodrigo Pacheco.
Apesar disso, ela reconhece que o caminho é longo.
Ela admite que precisará construir a unidade do partido em torno de uma candidatura própria e que ainda precisa convencer seus colegas de que ela é o nome certo para essa função.
“Tenho disposição [para disputar o cargo], mas sei que os passos precisam ser seguidos. Meu primeiro desafio é conseguir essa unidade partidária e a indicação do meu nome. Uma candidatura, é bom que se diga, não pode ser algo individual”, disse Eliziane Gama a O Antagonista.
Além de tentar essa unidade dentro do PSD, Eliziane também tentará garimpar apoio com o presidente Lula.
A parlamentar atuou na campanha petista e foi uma ponte importante com Lula junto ao eleitorado evangélico.
Um terceiro trunfo da parlamentar diz respeito à própria participação da mulher no Senado.
Ela terá o apoio da bancada feminina do Senado e tentará quebrar um tabu: há 12 anos não há mulheres na Mesa Diretora do Senado.
No Palácio do Planalto, a candidatura de Eliziane Gama é bem-vista porque seria uma forma de arrefecer as críticas de que Lula abandonou as mulheres em postos de comando da Esplanada dos Ministérios.