O senador licenciado e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), apresentou no Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira, notícia-crime contra sete parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O maranhense almeja fazer com que estes políticos sejam punidos, de acordo com ele, pelo fato de terem disseminado informação afirmando que o ministro teria se reunido com traficantes para pedir autorização dos mesmos para visitar o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
A representação mira dois dos filhos do ex-mandatário da República: o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Além da dupla, a lista inclui os deputados bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ), Paulo Bilynsky (PL-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Dino encaminhou uma notícia-crime ao relator do Inquérito nº 4.781, conhecido como Inquérito das Fake News, que, desde 2019, tramita na Suprema Corte.
O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes. “[Vou representar] contra alguns parlamentares que estão propagando, em associação delituosa, duas fake news. A primeira é de que eu estive no Complexo da Maré reunido com o Comando Vermelho. A segunda, igualmente criminosa, é que estava lá sem escolta policial”, disse o ministro.
O ministro argumentou que o objetivo da desinformação é criar a imagem de que o Ministério da Justiça estaria em conluio com o crime organizado.
Dino assegura que os parlamentares atuaram de forma organizada; por isso, poderiam ser enquadrados como uma organização criminosa.
Ele também acionará as comissões de Ética da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Com informações do Metrópoles