O deputado Yglésio Moyses (PRTB), em entrevista à jornalistas na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, 19, comentou vídeo no qual a esposa de Gibson César Soares Cutrim, condenado a treze anos de prisão pelo assassinato de João Bosco Oliveira Sobrinho, crime ocorrido em 2022, na entrada do edifício Tech Office, no bairro da Ponta D´Areia, em São Luís, citou familiares do governador Carlos Brandão e afirmou ter sido ameaçada pelos mesmos.
O parlamentar apontou para um possível conluio com o campo da oposição objetivando prejudicar politicamente o chefe do Palácio dos Leões e até mesmo afasta-lo do cargo nos próximos meses.
“A gente sabe que criminosos confessos eles têm esposas, esposas amam os seus maridos e foi a dor dela instrumentalizada pela oposição, obviamente, com promessas de vantagens pessoal. O vídeo é um vídeo feito em tomada lateral em que ela se direciona ao entrevistador, uma pessoa que vai estimulando a entrevista em vários pontos e chega o momento no vídeo que, por conta de toda a pressão psicológica, criação de filhos sozinha, diante de toda a situação de afastamento que está acontecendo, ela termina chorando, mas o teor do vídeo é confuso. Em vários momentos ela diz “olha, estão me ameaçando”. Trinta segundos depois ela diz: “olha, ninguém fala comigo”. Como assim? Estão te ameaçando ou não te recebem para você ter a vantagem. Ela no vídeo chega a confessar que recebeu dinheiro de alguém, que foi, inclusive, procurada pela oposição. Ela diz no vídeo isso. “Olha, o lado de lá me procurou, mas disse ao mesmo tempo para eu não procurar enfrentar esse pessoal porque eram muito poderosos. Agora, o vídeo nasce a partir de um vazamento da própria oposição. Ou seja, um vídeo colocado que até a inteligência artificial, quando você coloca para fazer a análise, de tão manifesto que é o caráter persecutório e político do mesmo, termina detectando. É preocupante o que está acontecendo no Maranhão. Eles estão tentando criar condições, primeiro na imprensa, depois condições política, para culminar num entendimento jurídico de afastamento do governador. Se vai ser em outubro, como a promessa inicial deles, depois ou algo assim, eu digo ao governador que tome muito cuidado porque esse pessoal, como eles não tem mais nenhum voto, se juntar o tacho de votos deles todos não dá um deputado federal, esse pessoal é perigoso, disposto a tudo e merece ser combatido trazendo sempre a verdade e a luz ao debate político na seara certa, que é aqui, nos caminhos da Assembleia, perante a imprensa, e não no esgoto, no subterrâneo da política”, disse.
Gibson César cumpria pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
No entanto, policiais federais, ainda no mês maio, fizeram sua transferência para um presídio no Distrito Federal.
Informações de bastidores dão conta de que ele já teria feito acordo de delação premiada e o processo já estaria em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro competente para apurar denúncias contra governadores.
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