O pré-candidato a deputado estadual, Carlos Lula, é o primeiro a lançar a ‘vaquinha’ de apoio ao projeto de campanha das eleições 2022. O anúncio foi feito durante transmissão ao vivo no Instagram, na noite desta segunda-feira (16), e tem arrecadado, em média, 130 reais por hora.
Carlos Lula, que também é advogado especialista em direito eleitoral, relembrou a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) sobre a proibição do financiamento de empresas aos candidatos e partidos. À época, o STF considerou que a doação volumosa para alguns pré-candidatos feria o princípio constitucional da igualdade do processo eleitoral.
O pré-candidato considera a ‘vaquinha’ como um importante projeto de participação popular. “Eu não quero ter grandes doações, mas a doação de muitas pessoas, que pode ser 20 reais, 40 reais. Eu preciso que vocês construam a campanha junto comigo. Uma campanha feita majoritariamente por pequenos doadores”, disse o ex-secretário de Estado da Saúde.
Carlos Lula também relembro que a modalidade de financiamento coletivo não é recente tampouco acontece apenas com finalidades eleitorais. “Tem gente que faz vaquinha para desenvolver projetos tecnológicos, para autores de livros que desejam lançar seu material, para pintar o muro da igreja. No Brasil, muita gente não sabe, mas o Cristo Redentor é fruto de financiamento coletivo, que também recebeu doação do Governo da França”, contou.
Torcedor do Vasco da Gama, Lula também relembrou a ‘vaquinha’ para construção do Estádio de São Januário, em 1921. “O Vasco se viu obrigado a construir o estádio para disputar o campeonato carioca. A torcida é responsável pelo financiamento. Responsável por colocar pessoas pretas e brancos de baixa condição social em campo. Isto é um marco histórico feito com a doação de muita gente”, destacou.
Para Carlos Lula, o financiamento coletivo é uma modalidade de economia colaborativa que permite pessoas se unirem por um bem comum. Como bandeira principal da sua pré-campanha, Lula tem enfatizado a necessidade de proteger as conquistas do SUS e garantir os avanços da maior rede de saúde da história do Maranhão, ambas maneiras de reduzir desigualdades históricas no estado.