Em uma rápida e travada entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira, 3, antes da reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, o governador Carlos Brandão (PSB) comentou sobre a formação na Casa de um Bloco Parlamentar que deverá fazer oposição à sua administração em situações pontuais.
O colegiado é formado pelos deputados Fernando Braide e Othelino Neto, ambos do Solidariedade e que são abertamente contrários ao Palácio dos Leões, e quatro parlamentares – Júlio Mendonça, Ricardo Rios, Rodrigo Lago e Ana do Gás – do PC do B, partido que, até o momento, faz parte da base governista.
Ana do Gás, vale destacar, de forma exclusiva, informou que pedirá desfiliação do comunismo por não concordar com a adesão da legenda ao projeto pensado pelo SDD.
“Tenho 35 anos de vida pública. Já tive duas vezes como deputado federal; quatro vezes como secretário de Estado; duas vezes como vice-governador e duas vezes como governador. Então, esse filme eu já assisti durante todo este período da minha vida pública. É natural a formação de Blocos. A divergência é natural. Então, qual é o nosso papel: é partir para convergência e mostrando sempre que a convergência é para atender a população. O parlamento é livre e todos tem o direito de fazer sugestões, de opinar, de se posicionar. Mais no fundo todos querem o que é bom para o Maranhão. Então, eu tenho plena convicção disso, que todos querem o que é bom para o Maranhão. Nosso governo está pronto para dialogar com a Assembleia, independente dessa questão de Bloco. Isso já aconteceu em outros governos e não será diferente no meu. Então vejo com muita tranquilidade, até porque temos grande capacidade de diálogo, de harmonia. A população não quer que o governo fique travado. A população quer que as ações aconteçam”, disse.
“Quando fui parlamentar, eu sei das necessidades do deputado quando chega nos municípios, recebe suas lideranças e recebe cobranças. Então, ele é o porta-voz destas lideranças; dos prefeitos e prefeitas; dos vereadores. Cabe a governador ter essa sensibilidade de fazer essas ações em parceria. Então, estamos abertos ao diálogo, como sempre fomos, para a gente dialogar seja através do governador, seja através da articulação política. Vejo com muito otimismo essa relação da Assembleia com o Governo do Estado”, completou.
