O prefeito Eduardo Braide (PSD) se pronunciou pela primeira vez, na tarde desta segunda-feira, 17, sobre a greve dos rodoviários que atingiu 100% da frota do transporte coletivo urbano e semiurbano que serve São Luís e demais municípios da região metropolitana.
Em um vídeo postado nas redes sociais (veja no fim do texto), o gestor criticou os donos de empresas que operam nos sistemas, afirmando que a paralisação foi pensada por eles com o objetivo de reajustar em até R$ 7,00 o valor das tarifas, situação que o prefeito disse não aceitar.
Ele confirmou que, somente no ano passado, o Município pagou R$ 89 milhões ao empresariado como forma de subsidiar sua atuação.
Sem citar detalhes, Braide informou que estava encaminhando “agora” para Câmara Municipal projeto de lei, de autoria do Executivo, que autoriza a Prefeitura a pagar para população corridas por aplicativo enquanto os ônibus não voltarem a circular.
“Vamos usar o dinheiro que iria para os empresários esse ano para pagar o seu transporte enquanto durar a greve”, disse.
Ainda de acordo com o prefeito, o referido projeto autoriza a sua gestão a abrir um novo processo licitatório para o sistema de transporte público coletivo para substituir as atuais empresas e consórcios que estão operando no mesmo.
“Se os vereadores aprovarem amanhã [terça-feira, 18] o projeto de lei da forma original, amanhã mesmo a Prefeitura já inicia os procedimentos para operacionalizar o pagamento das corridas. E eu informarei a vocês a partir de quando as corridas já estarão liberadas. Juntos, vamos fazer com que São Luís nunca mais seja refém dos empresários de ônibus”, finalizou.
A administração Eduardo Braide, em apenas quatro anos, foi alvo de cinco greves de motoristas e cobradores de coletivos.