Início Sem categoria Beto Castro nega envolvimento com suposto esquema de propina na Seduc

Beto Castro nega envolvimento com suposto esquema de propina na Seduc

O vereador Beto Castro (Avante), em discurso feito na tribuna da Câmara Municipal de São Luís, nesta manhã, negou estar envolvido em um suposto esquema de propina envolvendo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

O suposto esquema foi revelado pelo empresário Gibson César Soares Cutrim, assassina confesso do também empresário João Bosco Oliveira Sobrinho, crime ocorrido no mês passado na área externa do edifício Teach Office, no bairro da Ponta da D´Areia.

De acordo com o depoimento de Gibson César, o parlamentar estava exigindo 50% de uma quantia, no valor de R$ 788 mil, que havia sido liberada pela Seduc como pagamento de uma empresa de segurança, cujo processo, era de 2014.

Castro, que se pronunciou pela primeira vez sobre as declarações de Cutrim, manteve o que havia dito no seu primeiro depoimento, dado logo após o crime.

Afirmou que João Bosco era seu amigo pessoal e não seu assessor.

Disse que está disposto a ser confrontado com Gibson César e reafirmar a sua versão de que apenas presenciou a execução, que teria sido resultado de uma discussão entre o acusado e a vítima por conta de uma dívida não paga.

Beto Castro disse, ainda, que manteve-se em silêncio até o momento em respeito à memória de Sobrinho e em consideração a sua família.

O vereador rechaçou veementemente o uso político do fato.

Castro apoia a reeleição do governador Carlos Brandão (PSB) e a candidatura ao Senado do ex-governador Flávio Dino (PSB).

1º Depoimento – Beto Castro, no seu primeiro depoimento prestado na Polícia Civil, afirmou que Bosco trabalhava esporadicamente para ele, e tinha “elevada estima e apreço pela vítima”, que fornecia cestas básicas para alguns vereadores da Câmara Municipal de São Luís.

Após resolverem algumas pendências, se deslocaram até o Tech Office, onde o vereador afirmou ter marcado um encontro com o assessor de um ex-deputado e ex-secretário de governo, candidato a deputado estadual nestas eleições. No entanto, a reunião não chegou a acontecer devido ao crime.

Já na Praça de Alimentação, Beto Castro relatou que encontrou com um amigo, que se juntou a eles em uma mesa e ficaram conversando sobre política. Em dado momento, a vítima avistou o suspeito, identificado por Gilbson Júnior, e teria dito: “Olha um vagabundo ali”, mas não soube dizer se o indivíduo chegou a ouvir o insulto.

O vereador disse que Bosco chamou Júnior para sentar-se à mesa com eles, e então começou a cobrar uma suposta dívida, fato que fez os ânimos se alterarem. Percebendo a tensão entre os envolvidos, o amigo de Beto Castro resolveu se despedir e foi embora.

A discussão prosseguiu, segundo depoimento do vereador, sem saber informar o valor da dívida. Bosco seguia cobrando Júnior de forma veemente, alegando que ele “não pagava porque não queria, pois se tratava de um vagabundo”.

Beto Castro afirmou que tentou acalmar os ânimos, sem sucesso, até que Gilbson Júnior resolveu se levantar e saiu caminhando, mas Bosco o seguiu e continuou com a cobrança em tom elevado. O vereador disse que percebeu que eles poderiam se agredir, e então resolveu agir como mediador entre os dois.

O vereador contou que estava convencendo Júnior a ir embora quando a vítima teria dito: “Rapaz, vagabundo igual a ti não paga nem se colocar uma pistola na boca”. Foi quando, conforme consta no depoimento, o autor puxou uma arma de fogo da mochila e atirou três vezes contra Bosco, que tombou na porta do edifício.

Beto Castro contou que, após os tiros, “em pânico”, correu para se abrigar, assim como outras pessoas, enquanto o suspeito se evadia do local. Afirmou, também, que não teve nenhuma discussão com o autor, nem era ele que possuía a dívida, conforme informações que chegaram a circular logo após o ocorrido, e que Bosco seria o responsável por fazer a cobrança com Gilbson. Frisou que o encontro entre eles ocorreu por força do acaso.

O vereador ainda relatou que não acredita em crime orquestrado, porque tudo se desenvolveu devido à discussão acalorada entre os envolvidos.

Por fim, Beto Castro destacou que recolheu os pertences da vítima, a pedido dos policiais militares que chegaram ao local do crime. Posteriormente, entregou o aparelho celular, relógio, óculos, um cordão e uma pulseira para a esposa de Bosco, a qual não se recorda o nome.

Artigo anteriorJosimar e equipe sofrem acidente
Próximo artigoFeirinha Ribamar destaca diversidade sexual e ação de Meio Ambiente

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui