Uma rixa política estabelecida em 2014, entre o ex-presidente José Sarney (MDB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP), teve sua chama reascendida com a proximidade da eleição para presidência do Senado, que acontece em fevereiro do ano que vem.
Alcolumbre tentará retornar ao cargo com o apoio do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD – MG).
Sarney apoio a senadora maranhense Eliziane Gama (PSD), que licenciou-se do cargo para ter mais tempo de fazer campanha.
“Os dois romperam nas eleições de 2014, quando Alcolumbre deu um salto em sua vida política ao deixar a Câmara dos Deputados para tentar a única cadeira de senador. Sarney, que estava terminando o mandato no Senado, viu o movimento como uma traição – até mesmo aliados do MDB o pressionaram a abrir mão do posto. Ele acabou sem se candidatar e saiu da política naquele ano, creditando a sua aposentadoria ao ex-aliado, que saiu vitorioso no pleito”, diz trecho de reportagem da Veja sobre o assunto.
“O novo capítulo dessa queda de braço se dá com a segunda candidatura de Alcolumbre à presidência do Senado. O parlamentar amapaense é considerado o franco favorito a vencer a eleição em 2025, numa aliança que uniria a oposição e o governo em seu entorno. Como mostra reportagem de VEJA desta edição, há, porém, um movimento para tentar romper essa barreira. Numa candidatura ainda ganhando corpo, as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) trabalham para arregimentar apoios para a disputa. Lá na frente, elas vão avaliar quem estará mais forte para entrar na briga, e uma delas será candidata. Um dos primeiros movimentos dessa campanha bateu justamente à porta de Sarney. A conterrânea Eliziane Gama teve uma conversa com o ex-presidente em julho, na casa dele em São Luís, para pedir a bênção e o apoio dele à candidatura. O ex-presidente demonstrou entusiasmo e simpatia com a empreitada”.