O Senado Federal aprovou requerimento, de autoria do senador Roberto Rocha (PTB), criando uma Comissão Temporária Externa, formada por três membros titulares e três suplentes, que terá como missão inspecionar a prestação do serviço de ferry-boat no Maranhão.
O parlamentar, vale ressaltar, também já solicitou intervenção do Governo Federal no serviço.
O serviço de ferry-boat gerenciado pelo Governo do Estado, através de contratos precários firmados com empresas privadas, praticamente entrou em colapso nos últimos dois meses, provocando insatisfação dos usuários que, diariamente, utilizam o transporte para fazer a travessia entre São Luís e a Baixada Maranhense – e vice-versa.
Atualmente, apenas três ferrys, de propriedade da Internacional Marítima, estão operando no sistema. Os da Servi Porto estão parados e sucateados, cenário que se construiu, de acordo com representantes da empresa, devido a três intervenções – duas no governo Flávio Dino e uma na gestão de Carlos Brandão – promovidas pelo Palácio dos Leões.
Para piorar a situação, Brandão anunciou recentemente como nova e de alto padrão uma embarcação, de nome José Humberto, oriunda do Pará e que possui 35 anos de idade.
O ferry-boat, que sempre operou fazendo travessias em rios, tão logo chegou na capital maranhense, foi reprovado em uma inspeção inicial promovida pela Capitania dos Portos e teve que se submeter a reparos na sua infraestrutura na Ilha do Medo, situada a noroeste de São Luís.
Uma nova inspeção ainda será promovida pelo órgão da Marinha Brasileira.
Em recente entrevista à imprensa, a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor, Litia Cavalcanti, informou que o José Humberto foi reprovado em inspeção realizada pela Marinha Brasileira.
O Governo, através da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos, desmentiu a promotora afirmando que a embarcação possuía apenas pendências relacionadas à documentação e que aguarda a vistoria final para a sua liberação.
Um outro pedido de investigação contra o Governo, por conta da contratação da embarcação, já foi protocolado no Ministério Público Federal.