O governo maranhense apresentou experiência exitosa do Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica (Proetnos) aos participantes da 30ª Conferência das Partes (COP30), que está sendo realizada em Belém (PA).
O painel ‘Inclusão e Interculturalidade’ foi apresentado no Espaço Brasil Nordeste, na Zona Verde da COP30, e destacou os avanços no Maranhão ao longo dos últimos nove anos.
O Proetnos foi implantado na Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em 2016 com o objetivo central de formar e qualificar quilombolas e indígenas, por meio de licenciaturas específicas e diferenciadas, para atuarem nas escolas de seus territórios.
O programa surgiu como resposta à demanda histórica dos povos tradicionais por uma educação inclusiva e plural.
Com o programa, a Uema tem estabelecido novos relacionamentos entre os saberes e historicidades dos povos e comunidades tradicionais e o conhecimento ocidental, visando reverter um processo histórico assimétrico que exige reparações. Durante a COP30, a coordenadora do Proetnos, Marivânia Furtado, destacou a importância da iniciativa.
Também presente no painel, a coordenadora do Núcleo de Tecnologias para a Educação da Uema, Lígia Tchaicka, ressaltou a importância da participação maranhense na COP30 pela grande diversidade de povos no estado. Ela destacou a necessidade de compartilhar as experiências para serem ampliadas e servirem de exemplo no processo de enfrentamento das mudanças climáticas.
Criado em 2016, o Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica (Proetnos) tem entre os seus princípios o reconhecimento da diferença como pressuposto básico para a implementação da igualdade em todos os âmbitos; respeito aos processos próprios de ensino e aprendizagem, incluindo estratégias específicas de avaliação; aprimoramento da leitura e da competência da escrita sem desvalorizar a tradição da oralidade; articulação do saber em diferentes espaços de formação; diálogo de racionalidades distintas, visando o bem viver; complementariedade e simetria de saberes, que permitam um diálogo entre os conhecimentos tradicionais e os universalmente produzidos.










