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Hipocrisia em dobro: Rodrigo Lago fala em defesa das mulheres, mas mantém agressor condenado nomeado na Assembleia

Mais uma vez, cai por terra o discurso moralista da oposição na Assembleia Legislativa. O deputado Rodrigo Lago (PCdoB), que costuma se apresentar como defensor dos direitos das mulheres e porta-voz da ética na política, foi flagrado praticando o oposto do que prega. Lago mantém nomeado e atuante na Assembleia em sua assessoria Raimundo Nonato Ribeiro Neto, condenado duas vezes por crimes de violência doméstica e descumprimento de medida protetiva.

Segundo registros oficiais do Diário da Assembleia, Raimundo Nonato ocupa o cargo de secretário executivo desde 1º de janeiro de 2023, nomeado pelo ex-presidente Othelino Neto (SDD), conforme Resolução Administrativa nº 044/2023. A nomeação foi feita mesmo após a condenação em segundo grau, proferida pela 3ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

A ficha criminal do servidor é pública e contém decisões judiciais transitadas em julgado, comprovando que não se trata de mera acusação, mas de crimes reconhecidos pela Justiça. Ainda assim, o parlamentar optou por mantê-lo na folha de pagamento do Legislativo, em total afronta à coerência e à decência que diz defender.

A pergunta que fica é simples: como um deputado que se diz comprometido com o combate à violência contra a mulher pode empregar e proteger um agressor condenado?

O caso revela dois pesos e duas medidas. Na tribuna, Rodrigo Lago posa de defensor de causas nobres; nos bastidores, fecha os olhos para a violência e convive com ela dentro do próprio Legislativo. Agora, com a exposição do escândalo, resta saber se manterá a mesma postura de silêncio ou se finalmente terá a coragem de exonerar o condenado que ajuda a sustentar com dinheiro público.

Outro ponto que merece atenção é a atuação da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa, que deverá se posicionar diante da gravidade do caso. A permanência de um servidor condenado por violência doméstica em cargo comissionado é incompatível com os valores que a própria instituição diz promover.

E será que tamanha afronta será tolerada pela deputada Iracema Vale (PSB), primeira mulher eleita presidente do Parlamento maranhense? É aguardar para conferir.

Enquanto isso, o silêncio de Rodrigo Lago ecoa mais alto que seus discursos.

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