A deputada estadual Solange Almeida (PL) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça -feira (28) para repercutir uma grave denúncia revelada em entrevista ao radialista Minard. Segundo o empresário entrevistado, recursos públicos teriam sido usados para financiar a disseminação de fake news contra adversários políticos durante as eleições municipais em Santa Inês, incluindo a própria deputada e sua família.
Solange, que foi candidata à prefeitura da cidade na última eleição, classificou o conteúdo da denúncia como “um atentado à ética, à justiça e à democracia”, e destacou que o caso precisa ser investigado com rigor pelas autoridades competentes.
De acordo com o relato feito ao programa de rádio, o empresário teria sido contratado para espalhar notícias falsas com o objetivo de descredibilizar candidaturas adversárias. O mais alarmante, segundo ele, seria o fato de que os pagamentos foram feitos por meio de empresas contratadas pela Prefeitura de Santa Inês, com uso de dinheiro público. Além disso, dados de cidadãos cadastrados no CadÚnico teriam sido utilizados de forma indevida para disparo em massa das mensagens falsas.
“Não atacaram apenas uma candidata, atacaram a democracia, a ética e a dignidade de todo um povo”, afirmou Solange. Para ela, a denúncia revela um esquema organizado e altamente danoso ao processo eleitoral.
A deputada destacou ainda que os atos relatados configuram possíveis crimes como desinformação eleitoral, calúnia, difamação, violação de dados sigilosos, crime de responsabilidade e até a existência de um suposto “gabinete do ódio” alimentado por verba pública. “É inadmissível que tentem calar uma mulher e enfraquecer a democracia por meio de práticas tão perversas e ilegais”, completou.
Solange reafirmou sua confiança na Justiça e cobrou apuração dos fatos. “Não venho pedir favores, venho exigir justiça. Esquemas criminosos não podem seguir impunes, tentando calar quem trabalha com seriedade e compromisso com o povo”, afirmou.
Ela finalizou o discurso fazendo um apelo às autoridades para que não deixem o caso cair no esquecimento. “O que aconteceu comigo não pode se repetir. A política não pode ser tomada por quadrilhas.”
