A juíza Janaína Araújo de Carvalho, titular da 1ª Zona Eleitoral de São Luís, remarcou para o próximo dia 28, quarta-feira, julgamento de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na qual o diretório municipal do partido Podemos é acusado de promover fraude à cota de gênero no pleito proporcional da capital maranhense do ano passado – reveja, reveja e reveja.
A Ação é patrocinada por suplentes do PL e pelo diretório municipal do Republicanos e pede a cassação da chapa lançada em 2024.
O Podemos elegeu três vereadores para o Palácio Pedro Neiva de Santana, quais sejam Fábio Macedo Filho (presidente do diretório municipal), Wendell Martins e Raimundo Júnior.
O julgamento estava marcado para acontecer na quinta-feira passada, dia 15.
No entanto, de acordo com o que foi apurado, novos elementos surgiram após a deflagração da Operação Malversador, por parte da Polícia Federal, que teve como objetivo desmantelar esquema criminoso de candidaturas fictícias utilizadas para desviar recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Foram cumpridos na ocasião, em São Luís, 11 mandados de busca e apreensão.
De acordo com informações da própria PF, as apurações revelaram o uso de documentos ideologicamente falsos para viabilizar os desvios.
Uma das candidatas a vereadora, identificada como “laranja”, recebeu R$ 300 mil do FEFC e obteve apenas 18 votos — o que representa um custo médio de R$ 16.666,67 por voto.
A desproporcionalidade reforçou a suspeita de que a candidatura teria sido simulada com o único propósito de atender à cota de gênero e permitir o desvio de recursos públicos.
A nova audiência de julgamento terá início às 8h30 com término previsto para às 20h.
Caso não seja concluída, a magistrada já apontou outras duas datas – 02 de junho ou 07 de junho – para estabelecer desfecho sobre o caso.