Quarto Parlamento de capital mais antigo do Brasil, a Câmara Municipal de São Luís – além de ter se tornado alvo de investigações do Ministério Público sobre possíveis atos de desvio de recursos públicos, através da destinação de emendas parlamentares ou das famosas “rachadinhas”; e de total falta de transparência – convive com um outro cenário considerável deplorável no que se refere a infraestrutura do prédio que a abriga.
A forte chuva que atingiu a região metropolitana no início da tarde desta última terça-feira, 1º, trouxe à tona uma situação degradante a qual são submetidos servidores da Casa, que ainda reclamam do não pagamento correto de seus salários nos últimos meses, e outros frequentadores do Palácio Pedro Neiva de Santana, situado no Centro Histórico.
A imagem que ilustra este post, feita nesta quarta-feira, 02, é da entrada do anexado onde funciona o setor administrativo da Casa.
Já o vídeo que pode ser visto no fim do texto é do setor de protocolo e foi feito durante o temporal que caiu ontem.
Em uma consulta feita ao Portal da Transparência da Prefeitura, o editor do Blog constatou um gasto exorbitante com manutenção – incluindo predial – executado pela gestão do atual presidente e pré-candidato a deputado estadual, vereador Paulo Victor (PSB), que contrasta com a atual situação da edificação que abriga a CMSL.
Somente em 2023, primeiro ano da sua primeira administração, o presidente informou ter gasto a bagatela de R$ 41.663.912,17 em manutenção da Casa Legislativa.
Já em 2024, no seu segundo ano como presidente, Victor declarou ter gasto com o mesmo serviço R$ 16.520.253,40.
O total orçado e executado em 2023, incluindo pagamento de pessoal e encargos sociais; divulgação das atividades legislativas; manutenção das atividades legislativas; e contribuição ao Ipam, supera os R$ 134 milhões.
No ano seguinte, este valor foi de mais de 130 milhões.
O editor do Blog deixa o espaço aberto para que, caso queira, a direção da Casa possa se manifestar.