O deputado estadual Carlos Lula, em conversa com o editor do Blog e com o radialista Rogério Silva, ambos integrantes da bancada do programa Ponto Continuando, da 92.3 FM, nesta quarta-feira, 5, afirmou que o seu futuro partidário, obrigatoriamente, será discutido com o vice-governador Felipe Camarão (PT).
O parlamentar, no dia 26 de janeiro, ingressou no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE/MA) com uma Ação Declaratória de Justa Causa (veja aqui) solicitando autorização da Justiça par que ele possa deixar os quadros do PSB, partido pelo qual foi eleito em 2022.
O ex-secretário de Estado da Saúde informou que foi preterido dentro da agremiação, tendo sido despachado da função de secretário-geral e não mais sendo convidado para participar de qualquer tipo de diálogo ou debate.
“Entramos com a Ação em razão da discriminação. O governador Carlos Brandão se tornou presidente do partido, a gente era secretário-geral do partido e fui comunicado pela imprensa que eu não era mais o secretário. O partido deixou de ter reuniões, deixou de existir enquanto agremiação e agora, no início do ano, acabei sendo comunicado que eu não era mais da direção do partido. Deixei de ser dirigente para ser um filiado. Acredito que esta não deva ser o tipo de conduta para com um deputado estadual. De modo que estamos pedindo, e acredito que a Justiça deva conceder, a nossa desfiliação”, justificou.
Questionado sobre se o seu próximo endereço partidário seria o PC do B, partido que juntou-se ao Solidariedade, que faz oposição ao governador Carlos Brandão, para formar um Bloco Parlamentar na Assembleia Legislativa, Lula disse que já recebeu convites de outras legendas, mas que conversará com o seu grupo político e com Camarão, a quem apontou querer ver como próximo chefe do Palácio dos Leões, em 2026.
“O caminho será debatido com o Felipe Camarão. Antes do meu pedido de desfiliação se tornar público, eu já tive convites de outras agremiações. Obviamente que vou debater isso com o Felipe; com as agremiações que já fizeram convites; e com meu grupo político para definir o melhor caminho. Eu não faço política sozinho. Faço política de grupo, em conjunto. Vamos fazer a melhor escolha para poder manter o exercício de trabalho aqui na Assembleia e ver, claro, o Felipe governador do Estado”, finalizou.
